Nina Hagen na estrada, carregada...
Lembram que comentei da espinha que ficou atravessada na garganta desde março, quando fui a Brasília e fiz tudo errado? Pois é, desta vez tinha que dar certo, porque um alma selvagem nunca pisa duas vezes no mesmo tomate...
Saí de Sampa na quarta feira cedinho, a Nina Hagen carregada no limite. Nada como pegar a estrada com o dia começando, ainda mais quando a viagem, de 1.100 km, tem que ser feita num tiro só, conforme planejado. Cheguei em Brasília nove horas depois, à tardinha, em condições físicas bem razoáveis, tanto é que mesmo antes de descarregar a moto, fui com meu broder William até a Granja do Torto, ver onde o evento seria montado. Só depois disso fui me instalar na sucursal do paraíso, ou seja, na Toca da Coruja.
Paraíso não é exagero, pelo menos para mim: imagine ficar sozinho num lugar lindo, absolutamente silencioso, por cinco dias, tendo como companhia somente um casal de corujas mansinhas. Aí você olha prá cima e os olhos doem de tão azul o céu. E olha para um lado e vê vários carros fantásticos, entre eles um Lincoln Continental Mark 2, que eu adoro. Aí esfrega os olhos para ver se está sonhando ou não e desvia o olhar para um mezzanino com várias motos da década de 70. Uma bela mesa de snooker, nas paredes, calotas, objetos, imagens de Marilyn Monroe, Rê Bordosa & Woodstock, Steve McQueen e Jimmy Hendrix...
Esse paraíso, que pertence ao William, foi a minha base em Brasília, durante 5 dias corridos (de verdade), com poucas horas de sono e muito vai-e-vem para agilizar e organizar a participação da marca Alma Selvagem no evento.
Acho que nunca caminhei tanto na minha vida, já que no enorme espaço eram esperadas cerca de 150 mil pessoas. Hoje sabemos que compareceram mais de 180.000 pessoas!!!Só de tendas de moto-clubes, eram mais de 80. E quando digo tendas, não são "tendinhas". Saõ tendas grandes, organizadas, algumas com poltronas, cadeiras, telões, bar, churrasqueiras. Nelas, as turmas de amigos, vindos DE TODAS AS PARTES do Brasil e de alguns países vizinhos, passam o tempo reencontrando amigos, confraternizando e principalmente, dando muita risada, num clima muito legal mesmo. Ninguém bebendo demais, ninguém caído no chão, nenhuma briga, nada. Só alegria mesmo.
Uma coisa muito importante foi perceber que o Moto Capital, pelo fato de ser um encontro baseado nos moto-clubes, não tem aquele aspecto comercial tão forte que vejo em alguns outros eventos. Alguns até dão a impressão de vc estar num Shopping Center a céu aberto, enquanto no Moto Capital parece que todos são teus amigos antigos ou estão prontos para ser. Bacana.
Resumindo, a ação da marca Alma Selvagem: nos telões principais, colocados nos dois lados do grande palco, foram exibidos nossos trailers e vídeos entre as apresentações das bandas. Na tenda do MOTOS CLÁSSICAS tínhamos outro telão rolando videos em loop e ali também eram vendidos os dvds para os que vinham admirar as antigas.
Na TENDA DO LIRA, uma das maiores do evento, tínhamos banners, monitor e DVDs á venda. Aliás, a TENDA DO LIRA é nosso novo parceiro e passará a vender nossos DVDs Alma Selvagem em todos os Eventos que participa, que são os principais do país. É uma superloja itinerante que tem tudo o que o motociclista gosta. E agora vamos editar um videozito simples e enviar para a Organização e para todos os amigos que colaboraram conosco e nos fizeram sentir realmene "em casa". Quem me ajudou bastante nisso foi o Caio, o filho do William com cara de cineasta.
Os Abutres merecem um capítulo à parte: estavam lá todas as facções do país, de norte a sul para sua reunião anual. Quando chegava a hora de suas reuniões plenárias, eles se movimentavam em forma de cunha, com seu presidente Elson à frente, como uma grande flecha avançando tranquilamente pelo evento, dando uma impressão de liderança, união, ordem e respeito muito grandes. Demais. Entre os Abutres encontrei meu velho, grande e forte amigo Trovão, que é diretor dos Abutres e com sua troupe de Telecatch fez um show prá lá de gostoso e divertido no ringue montado na pista principal.
Trovão
Tenda do Lira. Repare no banner á direita, é o Alma 70 
Agradeço aqui ao pessoal da Organização, liderados pelo Guilherme Palhares e sua equipe com Pedro, Cristina e Juliana, que ajudaram sempre em tudo o que precisei. O Fred Cunha, o assessor de imprensa da Capital, foi nota 10. Demos entrevistas para duas emissoras de TV e três jornais da região. Ao Emílio, o simpático animador de palco, que sorteou DVDs e camisetas Alma Selvagem e ao Dandi, o superfera operando som e telões, fez grandes inserts nossos durante os shows.
E claro, agradecimentos especiais ao pessoal do MOTOS CLÁSSICAS, em cujo espaço instalamos a nossa "base selvagem": William, Caio, Celso, Vitorino & Tati, Romeu, Ricardo, Bosco e Helio. O Wilson Costa (irmão do William) e Marcio Lombardi, também da turma, são donos de duas belíssimas CBRs personalizadas, que fizeram babar muita gente que as viam, eu inclusive. Tive a honra de batizar as duas maravilhas, com os nomes de Irada e Nivosa.
Bom, vamos às imagens:William Costa e Renzo Querzoli, em ritmo de festa
Me apaixonei por este moto-home, que foi a nossa "tendinha". É do Romeu. Ainda.
Este é o Wilson Costa e a sua IRADA
Aqui o Marcio Lombardi e sua NIVOSA
Romeu, Sandra, Wilson e Marcio
Celso e eu
A "nossa" tenda sendo montada
Close da Irada
Close da Nivosa
O casal de Corujas mais legal que já conheci
Bom, por enquanto é isso. Nesta segunda o video deve estar pronto.
Uma certeza: no oitavo Moto Capital, em 2011, estaremos lá, se Deus quiser. E acho que ele quer.
